Parte motivada pela época de seca, parte por ação do homem, milhares de pontos na Amazônia ardem em chamas, enquanto alguns líderes mundiais discutem - de forma infantil - quem são os responsáveis por essa agressão. Priorizam a disputa política em detrimento às ações efetivas de combate, desrespeitando diretamente a vida de quem mora na região e indiretamente a sustentabilidade de todo o Planeta.
Não tem sentido eleger agora quem será futuramente conhecido como o pior gestor de meio ambiente entre os presidentes brasileiros. Surgindo ajuda, não importa olhar o partido, sistema de governo, ideal político ou a bandeira que defende. Não é hora de escolher quem pode ou não levar o balde de água. Todos juntos ainda seremos poucos para resolver a questão. Estamos falando de salvar vidas humanas, além da fauna e flora mais importantes do ecossistema do mundo.
Sim, é bom que deixemos claro que a Amazônia – dentro do território que nos pertence – é nossa. Defendo a soberania brasileira sobre ela, mas considero vital para o País e para aquela região, que possamos aceitar ajuda – financeira e tecnológica – de qualquer que seja o país ou instituição, desde que possamos estancar o quanto antes esse sangramento que aflige e desconsola todo ser que habita esse planeta, independente de sexo, classe social, cor ou religião.
Que possamos acabar de vez com o fogo, de um jeito que a briga de egos e poder dê lugar ao bom senso. E que assim, tenhamos condições de dizer um dia que isso que estamos vivendo foi simplesmente um filme ruim feito para servir apenas e tão somente como forma de lembrarmos tempos e tempos o quanto fomos cegos e gananciosos, errando grosseiramente com o verde representado em nossa bandeira.
E que a Mãe Natureza tenha piedade de nossa ignorância, permitindo-nos a oportunidade de nos redimir e aproveitar melhor a vida, tão curta e valorosa.
*Paulo Corrêa Jr. é deputado estadual reeleito e líder do Patriota na Assembleia Legislativa. Formado em jornalismo e direito.